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quarta-feira, 14 de abril de 2010

RECORDAR... Entrevista ao primeiro presidente do nosso clube




Esta foi uma entrevista dada pelo primeiro presidente da União Desportiva de Leiria, à primeira revista oficial da U.D.L.
A entrevista diz o seguinte:
Atingir o escalão máximo do nosso futebol com aprumo e dignidade como é timbre de Leiria
-Sonho dos dirigentes da União Desportiva da cidade do liz
Ocupa, neste momento, o ingrato lugar de presidente da direcção da União Desportiva de Leiria, o sr. Alfredo de Sousa Brandão, conhecido industrial da cidade do Liz e que através de uma acção a que se dedicou sem o mais pequeno desfalecimento, muito tem contribuído para a bela carreira que o clube leiriense tem registado na sua curta existência. Tendo ocupado o lugar de vogal na primeira direcção que a colectividade elegeu, logo no ano seguinte o sr. Alfredo Brandão ascendeu ao posto de presidente e aí se tem mantido até agora.
-Mas acedi a continuar - disse-nos quando o abordámos - apenas pelo muito amor que tenho à cidade e ao clube, pelas insistências das entidades locais e principalmente porque o clube tem como vice-presidente para as actividades desportivas, um desportista de raras qualidades que se encontra a desempenhar aquele cargo há já 4 anos: o sr. Carlos Pimenta.
Viríamos a saber, posteriormente, que o sr. Carlos Pimenta que já foi dirigente da Associação de Futebol de Leiria, tendo abandonado este organismo quando do malfadado "caso" Carlitos, tem sido de uma dedicação sem limites à jovem colectividade de Leiria, sendo o verdadeiro orientador e impulsionador de tudo ou quase tudo que se tem realizado dentro do clube.
Ao sr. Alfredo de Sousa Brandão dirigimos a primeira pergunta:
-O clube nasceu apenas há quatro anos e já tem um historial digno da cidade que representa. Julga ter havido necessidade absoluta de criar a União Desportiva de Leiria para que nascesse o clube mais representativo da região?
-Sem dúvida - respondeu-nos - porque Leiria é uma cidade que, a todos os títulos, tudo merece. Sendo hoje o Desporto um dos principais meios de propaganda, levando a todo o País os nomes das terras cujos clubes estão envolvidos em competições oficiais, creio que era imprescidível a criação de um clube desportivo através do qual se conseguisse esse objectivo.
-Nestes quatro anos de vida do clube já muito se fez no que se refere ao futebol. Como foi possível o acesso à 2.ª Divisão Nacional que com tanto brilho a União conseguiu?
-Conseguiu-se a subida à 2.ª Divisão Nacional graças a um conjunto de esforços e boas vontades, onde ninguém regateou sacrifícios, vivendo todos como que irmanados num só.
E não foram só os dirigentes. Também o técnico, os jogadores e, em grande parte, a mossa associativa que acompanhou e apoiou o representante da cidade, contribuíram para o belo momento que todos vivemos ainda.
-Quais os projectos para o futuro?
-Procurar continuar a obra em tão boa hora iniciada e, se possível, atingir o escalão máximo do nosso futebol. Mas sempre com dignidade e aprumo como é timbre da população de Leiria.
-As entidades oficiais têm auxiliado dignamente o clube?
-Certamente. Sem o seu apoio nada se faria. Assim a União Desportiva muito deve à Edilidade local cujo Presidente, sr. Insp. Bernardo de Jesus das Neves Pimenta, sócio n.º 1 e fundador do Clube é um dos grandes entusiastas da colectividade. Embora na defesa dos sagrados deveres que lhe exige o seu cargo, sempre que solicitado, tem-nos concedido diversas beneses quer através de uma colaboração valiosa que importa destacar quer através dos auxílios de ordem material que, dentro das possibilidades pode dispor. Há ainda a salientar a cedência gratuita do excelente Parque de Jogos da cidade.
-A massa associativa é bairrista e vive o futebol ardentemente?
-Já fiz referência à massa associativa mas não é demais insistir no seu excelente comportamento pois não pode haver outra igual.
-Uma última pergunta: praticamente todos os clubes do País praticam mais do que uma modalidade desportiva. Porque razão a U.D.Leiria ainda só tem o futebol?
-Porque assim o determinaram os Estatutos do Clube. Por essa razão não se pensa na prática de outras modalidades, salvo se, nessa parte, os Estatutos venham a ser alterados. Mas, para já, creio não estar isso no pensamento da direcção.

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