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domingo, 2 de maio de 2010

Belenenses-U. Leiria, 5-2 (crónica )





O Belenenses goleou no adeus do Restelo à Liga, foi superior à candidata europeia U. Leiria e nem a «vergonha» dos adeptos, lia-se numa tarja, intimidou a equipa, decidida a deixar a prova de cabeça erguida. Sete golos foi o saldo de um desafio com pouco a acrescentar à contabilidade da época, naquele que foi um dos melhores jogos dos azuis. Uma despedida em cheio, com direito a aplausos.

Mesmo perante pouco mais de uma centena de adeptos, que dividiram a atenção com as decisões nos outros relvados (festejaram-se os golos de F.C. Porto, Benfica e Sp. Braga), os azuis lutaram para que a última imagem prevalecesse, procurando alimentar a interrogação de como poderia a equipa ter caído no abismo e conseguiram-no, pelo menos durante 90 minutos.

Sem nada para conquistar, a não ser o apoio dos sócios, o Belenenses, que viu confirmada a despromoção na ronda anterior, em Guimarães, apresentou-se sem a pressão dos resultados frente a uma U. Leiria, que podia e devia ter feito mais. É certo que a candidatura europeia era apenas matematicamente possível, a União não dependia de si, mas só na segunda parte foi possível ver momentos de uma equipa que chegou a ser europeia.

Ao intervalo, o marcador registava um empate a duas bolas, mas não espelhava o equilíbrio, com o Belenenses a apresentar-se claramente superior. Com Zé Pedro de início, que não era titular há seis jornadas, os azuis ganham outra profundidade (e qualidade) no meio-campo. Um regresso bem-vindo e determinante para o sucesso da equipa.

Dos seus pés saiu a primeira ameaça para a baliza de Djuricic, logo aos três minutos, ao lançar Lima na direita, que atirou cruzado para defesa apertada de Djuricic.

Contra a corrente do jogo, Cássio inaugurou o marcador pouco depois, aos cinco, após trabalho de Vinicius na esquerda. Bruno Vale ainda defendeu o primeiro remate, mas não conseguiu evitar o segundo. Os azuis não esmoreceram e três minutos depois empataram, com Lima a bater finalmente Djuricic. Uma grande abertura de Zé Pedro para Lima culminou em mais um golo, mas na marcação de uma grande penalidade. Djuricic derrubou o camisola 90, mas foi o médio que se encarregou de empurrar o Belenenses para a frente. Estavam decorridos 14 minutos.

A história de golos, que é, afinal, a deste desafio, só foi para o descanso depois do empate da União, na marcação de um livre directo por Marco Soares.

No segundo tempo, se melhor parecia impossível, não o foi. Depois de Bruno Vale segurar o empate logo nos minutos iniciais, Mustafá desfez a igualdade aos 52 minutos, numa recarga a canto de Miguelito. Seguiu-se o esquerdino a facturar, um grande golo do esquerdino, desta feita após canto de Celestino, que entrara ao intervalo para o lugar de Zé Pedro.

Não contente com o 4-2, o Belenenses partiu para a goleada (a U. Leiria desapareceu no segundo tempo), que chegaria através de André Pires, que fechou as contas com um grande remate, nem ao alcance de Djuricic.

Os aplausos que faltaram ao longo da época marcaram presença na despedida, mas também a «vergonha» da claque belenense. Resta saber o que o futuro reserva aos azuis, depois da queda da direcção.

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