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domingo, 22 de agosto de 2010

U. Leiria 0-0 P. Ferreira, (crónica MaisFutebol)

De uma coisa, não podem acusar a U. Leiria e o técnico Pedro Caixinha: de não terem tentado tudo para ganhar na estreia em casa. A equipa atacou, aproveitando a passadeira estendida pelo Paços, rematou em barda mas sem ponta de eficácia, a tal ponto que Cássio só teve de fazer uma verdadeira defesa aos 79 minutos e outra, menos apertada, pouco depois.

Foi, na verdade, um jogo insípido, entre uma formação que cedo se entregou apesar de até ter começado bem e uma outra, voluntariosa, com um fio de jogo interessante, mas órfão de Cássio, e que passou a ter num Carlão só e mal acompanhado a única referência do ataque. Falta ver o que poderão trazer os últimos reforços mas, para já, há muito trabalho a fazer em termos de finalização em Leiria.

O Paços teve uma entrada autoritária no jogo, talvez ainda sob o efeito da recente vitória sobre o Sporting, mostrando clarividência e objectividade perante o futebol confuso e desorganizado da equipa da casa. Mais rematadores, os «castores» foram obrigando os leirienses a cuidado redobrados na defesa e um livre de David Simão colocou mesmo Eduardo Gottardi em apuros, valendo a frieza de Zé António para evitar males maiores.

A partir da meia-hora de jogo, com Diogo Amado a dar o mote, a turma do Lis pareceu acordar da letargia e começou, finalmente, a rondar a baliza de Cássio. Vinícius e Pateiro surgiram em boa posição para marcar mas, mais uma vez, faltou eficácia na concretização. O jogo foi, assim, para intervalo com um nulo perfeitamente ajustado aos acontecimentos dos primeiros 45 minutos.

Carregar mas sem nexo

O pior é que, no regresso dos balneários, com os mesmos onzes, como seria de esperar, nada se alterou. Pedro Caixinha ainda apostou em Ruben Brígido para o lugar do incipiente Marcos Paulo mas o máximo que a União conseguiu foi chegar de bola parada à baliza do Paços. O equipa de Rui Vitória podia, inclusive, ter marcado depois de uma falha de Tall só que nem dos erros alheios esta equipa conseguiu viver.

No fundo, a segunda parte resume-se a mais do mesmo: a União com domínio absoluto, a carregar, mas sem pingo de objectividade em termos de finalização. Nem mesmo quando Pedro Caixinha assumiu o risco total, ao tirar um médio-defensivo, Paulo Sérgio, para apostar em Rodrigo Silva, um avançado, houve melhorias. A última ocasião de golo morreu não mãos de Cássio, a dez minutos do fim, quando Carlão, finalmente, conseguiu libertar-se das amarras e rematar em posição privilegiada.

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