Num jogo muito pobre, onde a equipa da União de Leiria nunca conseguiu pegar e mandar no jogo, foram os leirienses que averbaram os três pontos em disputa, mesmo ao cair do pano, numa grande penalidade convertida por Carlão que, assim, regressa aos golos.
Mas vamos por partes. No primeiro tempo, a União de Leiria entrou ansiosa no terreno de jogo e coube aos vilacondenses as principais situações de perigo junto da baliza de Gottardi. Numa dessas ocasiões, após uma perda de bola no meio-campo, João Tomás aparece à entrada da área a rematar por cima da baliza.
O Rio Ave, apesar de não dominar completamente a partida, foi aquela que esteve mais perto do golo mas os remates saíam invariavelmente à figura de Gottardi ou para fora.
Vendo a sua equipa amorfa, Pedro Caixinha mexeu logo no onze titular, tirando Paulo Sérgio para meter no seu lugar Leandro Lima, à procura de maior criatividade no meio-campo.
O primeiro remate da União de Leiria à baliza do Rio Ave só aconteceu aos 35 minutos, por intermédio de Carlão, que não conseguiu melhor do que enviar a bola por cima da trave.
Após o intervalo, que Carlos Brito aproveitou para fazer entrar Bruno Gama para o lugar de Saúlo, a toada do jogo manteve-se, com a agravante de as oportunidades de golo serem ainda mais escassas para ambos os lados.
A excepção à regra foi um livre frontal à baliza leiriense, cobrado por Milhazes que, ao bater na barreira, ia enganando Gottardi que, em desiquilíbrio, consegue desviar a bola para canto numa defesa fantástica.
E foi quando já ninguém esperava que aconteceu o momento de felicidade para os leirienses.
Gaspar, defesa-central do Rio Ave, tenta aliviar um bola, com esta a embater em Carlão, deixando-o completamente isolado perante Paulo Santos. O avançado leiriense fez a finta sobre o guada-redes vilacondense sendo depois derrubado por este numa grande penalidade indiscutível que Pedro Proença analisou bem. Decorriam 90+3 minutos de jogo.
Para a marcação do castigo máximo apareceu Carlão que não facilitou e garantiu os três pontos à União de Leiria, num jogo onde o Rio Ave não merecia sair derrotado do Magalhães Pessoa já que a União de Leiria foi sempre uma equipa inofensiva e sem imaginação.
Pedro Proença
O árbitro lisboeta realizou uma boa partida. Viu bem o lance da grande penalidade mas conseguiu irritar os adeptos leirienses durante toda a partida com a constante marcação de faltas. Na segunda parte, Pedro Proença exagerou na amostragem de cartões amarelos.
Jogadores da União de Leiria à lupa
O melhor: Marco Soares - Voltou à equipa titular depois de alguns jogos no banco de suplentes. Apesar de não ter sido brilhante, foi um dos jogadores que mais batalhou na procura de um resultado positivo. Roubou muitas bolas, procurou compensar colegas e ainda tentou servir o ataque.
Eduardo Gottardi - Podia ser ele o homem do jogo. Não o é mas foi importante ao fazer uma gardne defesa e a dar segurança à defesa.
Vinícius - Caixinha colocou-o como defesa-direito. Não comprometeu mas faltou vigor para apoiar mais vezes a frente atacante
Bruno Miguel - O capitão da equipa fez um bom jogo apesar de ter pela frente um temível João Tomás. Não deu espaço e vai ganhando forma.
Zé António - Esteve em grande plano. No jogo aéreo esteve irrepreensível e foi dos mais batalhadores. Mereceu sair com os três pontos.
Patrick - Foi a grande novidade do onze inicial. Acusou algum nervosismo inicial mas não comprometeu, querendo agarrar o lugar.
Paulo Sérgio - Não estava a conseguir ‘ligar’ a equipa. Saiu ainda na primeira parte.
Silas - Com uma equipa tão desinspirada foi dos poucos que conseguiu desiquilibrar. Mesmo assim, perdeu folgor na segunda parte, acabando substituído.
Pateiro - Tirando um ou outro cruzamento na esquerda, pouco se viu. Tarda em fazer um grande jogo para afastar o ‘fantasma’ do banco.
Carlão - Estava a fazer um mau jogo. Não conseguiu espaços para rematar nem servir os colegas. Acabou por salvar o dia ao ‘arrancar’ a grande penalidade.
N´Gal - Corre que se farta mas ontem não teve efeitos práticos. Esforçou-se muito mas tudo lhe saiu mal. Trapalhão.
Leandro Lima - Fez a sua estreia na Liga com a camisola da União mas ainda precisa de ganhar ritmo de jogo. Vê-se que tem perfume nos pés...
Brígido - O jovem jogador entrou para dinamizar a frente de ataque leiriense, actuando no lado direito do meio-campo. Tirando alguns cruzamentos para a área, pouco se viu e nunca conseguiu desiquilibrar.
Zhang - Entrou para o lugar de Silas actuando como número dez. Pois bem, nem foi municiador de jogo atacante nem foi um jogador de área. Simplesmente estava em campo a fazer figura de presença. Precisa de mais minutos.
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