Leirienses sofrem golo no primeiro minuto e saem da Taça da Liga aos pés de um clube de divisão inferior. No final da partida, Pedro Caixinha apontou o dedo à falta de atitude de alguns jogadores
União de Leiria 1:Treinador: Pedro Caixinha
Gottardi; Panandetiguiri, Diego Gaúcho (Vinícius, 84m), Zé António e Patrcik; Paulo Sérgio (Leandro Lima, 20m), Marcos Paulo, Zhang e Silas (Arthur, 54 m); N’Gal e Zahovaiko.
Não utilizados: Djuricic, Renato Saldanha, Hugo Gomes, Mamadou Tall.
Gil Vicente: 1Treinador: Paulo Alves
Murta, Rodrigo Galo, Sandro, Daniel, Junior Caiçara; Luis Manuel, João Vilela, Richard e Luis Carlos (Simão Coutinho, 90+4m); Hugo Vieira (Bruno Filipe, 78m) e Ramazotti (Zé Luis, 90m).
Não utilizados: Nuno Santos e Alexandre Camargo.
Fazendo jus à obra do escritor Gil Vicente, a União de Leiria teve no sábado uma viagem na ‘barca do inferno’ ao ser eliminado da Taça da Liga contra o Gil Vicente. Os leirienses precisavam de ganhar tendo em conta o resultado da 1ª mão, em Barcelos, que ditou um 3-2 para os gilistas e que deixava tudo em aberto.
Com a tarefa difícil de ter que dar a volta à eliminatória o jogo não podia ter começado de pior maneira para os leirienses já que Hugo Vieira, no primeiro minuto de jogo, aproveitou uma intercepção falhada de Diego Gaúcho para se isolar e bater um desamparado Gottardi.
A União de Leiria teria de marcar agora dois golos para empatar a eliminatória mas a primeira parte dos leirienses foi para esquecer, onde o Gil Vicente, remetido ao seu meio-campo, era a equipa que impunha os ritmos de jogo e aquela que criava as melhores oportunidades através de venenosos contra-ataques. Quanto ao Leiria, um autêntico deserto de ideias que Pedro Caixinha tentou rapidamente mudar com a saída de Paulo Sérgio e a entrada do irrequieto Leandro Lima (20m). Resultados práticos? Zero.
A primeira parte da União de Leiria que pode ser representada com um longo bocejo, foi demasiado desastrosa ilustrada pelos dois remates feitos à baliza dos gilistas. Um por Silas, muito por cima da trave, e outro por N´Gal, aos 17 minutos, com o camaronês a aparecer na área em boa posição mas a permitir o corte do defesa de Barcelos. E quem mais perto esteve do golo foi mesmo a equipa do Gil Vicente. Na marcação de um canto, Ramazotti cabeceou a rasar a trave da baliza leiriense.
Na segunda parte tudo mudou. O puxão de orelhas de Pedro Caixinha aos seus jogadores ao intervalo teve efeitos práticos, nomeadamente na qualidade de jogo leiriense, na garra e na demonstração de atitude de querer ‘virar’ o jogo. Como consequência disso mesmo, as oportunidades de golos foram aparecendo, como foi o caso do lance protagonizado por Zhang que, completamente isolado e só com o guarda-redes pela frente, conseguiu fazer o mais difícil e atirar ao lado.
Mas estava dado o aviso para o que se sucederia a seguir com Zahovaiko a aproveitar um cruzamento para o segundo poste para encostar para golo, aos 68 minutos. Estava feito o primeiro golo do estónio com a camisola leiriense na presente época, com a União de Leiria a ter mais de 20 minutos para tentar chegar a novo golo e empatar a eliminatória.
Contudo, o Gil Vicente tinha a lição bem estudada: enquanto Caixinha punha toda a ‘carne no assador’, os gilistas começaram a fazer gestão de bola e de tempo, com algum anti-jogo à mistura. A verdade é que os ‘galos’ mostraram muita maturidade enquanto a União tentava infrutiferamente chegar à baliza de Murta, como foi o caso do lance protagonizado de Arthur que, com um pontapé de bicicleta, criou a sensação de perigo mas com o guarda-redes Murta a responder com eficácia.
Nos minutos de compensação praticamente não se jogou devido ao número de faltas, mostragem de amarelos e tentativas de perda de tempo pelo que não se assinalaram lances de perigo, quer para um quer para a outra equipa.
A equipa de arbitragem fez um muito bom trabalho, num jogo relativamente fácil, apesar de deixar que os gilistas fizessem algum anti-jogo. Beneficio da dúvida no lance em que N´Gal se queixa de ter sido agredido já perto do final da partida.
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