Os fantasmas de Carlão e Silas continuam a pairar sobre a equipa leiriense. Após da saída destas duas referências unionistas, a equipa tarda em encontrar-se e ontem deu mais uma demonstração disso mesmo ao ponto de mostrar uma inoperância colectiva que chegou a ser constrangedora.
A União de Leiria tinha como facto motivacional a possibilidade de ficar a um ponto do terceiro lugar ocupado pelo Sporting, em caso de vitória. E a primeira jogada de perigo no encontro foi para a União, aos 7 minutos, com uma arrancada de Patrick na esquerda com o brasileiro a cruzar para a área, valendo um grande corte de Hugo a evitar o cabeceamento de Zhang.
Na resposta, aos 13 minutos, grande ocasião para o Beira-Mar com Wilson Eduardo a surgir isolado na direita, tenta o remate cruzado, mas a bola sai rente ao poste esquerdo de Gottardi, com Ronny ainda a tentar a emenda.
Estava dado o primeiro aviso para o que se seguiria três minutos depois. Após Artur ter feito ‘gato sapato’ de Patrick, assiste Ronny que, com um remate forte no coração da área, inaugura o marcador.
A resposta leiriense não se fez tardar através de uma jogada de insistência de Pateiro a deixar Zhang em excelente posição mas o remate do chinês bate num defesa. Estavam corridos 18 minutos de jogo.
Em vantagem no marcador, o Beira-Mar tinha o jogo em ‘ponto de rebuçado’ já que poderia utilizar a sua principal arma, o contra-ataque, contando com um trio atacante inspirado. Foi o que aconteceu ao minuto 25, com um contra-ataque rapidíssimo, com Artur a ser solicitado por Wilson Eduardo e a ser derrubado por Marcos Paulo à entrada da área. No livre, Djamal atirou contra a barreira e ganhou canto.
Apesar da subida no terreno por parte dos jogadores de Pedro Caixinha, a União de Leiria continuava a não conseguir chegar à área aveirense e foi mesmo o Beira-Mar quem voltou a criar perigo com mais uma transição ofensiva rápida, com Artur a libertar Ronny, mas o brasileiro a rematar contra um defesa. Até ao intervalo a União de Leiria tomou conta das operações mas sem concretizar o maior ascendente no jogo.
Segunda parte de fraca qualidadePara a segunda parte esperava-se que a partida continuasse numa toada alta mas foi puro engano. O Beira-Mar estava satisfeito com a vantagem no marcador e a União de Leiria não tinha argumentos para incomodar, pelo que a etapa complementar foi um longo bocejo apenas interrompido pelos golos.
Antes disso, vendo a apatia da equipa no regresso dos balneários, Caixinha quis dar mais velocidade ao ataque e lança o camaronês N´Gal. Como nada mudava o técnico leiriense viu-se obrigado ainda a meter em campo Leandro Lima e Brígido para o assalto final à baliza aveirense, onde Rui Rego a ter uma tarde muito tranquila.
E foi quando os leirienses já jogavam mais com o coração que o Beira-Mar deu a estocada final na partida, aos 75 minutos. Um erro colossal de Mamadou Tall que falha um corte fácil, permitiu a Artur isolar-se, passar Gottardi e atirar para a baliza deserta fazendo o 0-2.
O desespero tomava conta dos jogadores leirienses que se alastrou ao banco de suplentes já que Pedro Caixinha receberia ordem de expulsão, aos 85 minutos. O técnico leiriense não assistiu, assim, ao terceiro golo aveirense. O chinês Wang, que tinha entrado dois minutos antes, numa segunda recarga já na pequena área leiriense, atirou a contar fechando resultado.
Vitória plena de justiça da melhor equipa. O Beira-Mar entrou melhor no jogo, chegou ao intervalo em vantagem, conseguiu geri-la e esperou pelos momentos certos para arrumar com a questão. A União revelou grandes problemas no último terço do terreno e cai para o 6.º lugar
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